Óleo de coco babaçu
O óleo de coco babaçu tem elevado teor de ácido láurico (50% da composição) e grande quantidade de ácido graxo, além de ácidos oleico, mirístico e caprílico. A espécie é muito comum no Maranhão e na região amazônica, nos estados do Acre, do Amazonas, do Pará e de Rondônia, e também na Bolívia.[1] A palmeira ocupa aproximadamente 18,5 milhões de hectares do território brasileiro. O coco babaçu também é conhecido como coco-palmeira, coco-de-macaco, coco-pindoba, baguaçu e uauaçu.[2]
Usos
O ácido láurico (que é 50% da composição do óleo de coco babaçu) tem grande ação anti-inflamatória, além de proteger a flora intestinal, prevenindo disfunções como diarreia e prisão de ventre.[1][3] O óleo de coco babaçu tem coloração amarelada[2] e pode ser uma opção sustentável ao óleo de palma que é produzido na Ásia, muito usado na indústria alimentícia, e cuja extração causa a devastação de florestas asiáticas.[1] Além disso, a criação de uma cadeia produtiva relacionada ao babaçu tem o potencial de levar desenvolvimento sustentável para as comunidades da região norte do Brasil, gerar renda familiar e incentivar a conservação da floresta.
Características
Composição fisico-quimico óleo de coco babaçu[4]
Índice | Unidade | Especificação |
Ácidez | mgKOH/g | máx. 0,3 |
Peroxido | meq O2/Kg | máx. 10 |
Iodo | gl2/100g | 7,5 - 10,5 |
Saponificação | mgKOH/g | 245 - 256 |
Densidade | 25ºC g/ml | 0,911 - 0,914 |
Refração (40 ºC) | - | 1,448 - 1,455 |
Ponto de fusão | ºC | 24 - 26 |
Composição do óleo de coco babaçu[4]
Índice | Unidade | Especificação |
Ácido palmítico (16:0) | % Peso | 6-9 |
Ácido esteárico (18:0) | %Peso | 3-5 |
Ácido oléico (C 18:0 Omega 9) | %Peso | 12-16 |
Ácido láurico | %Peso | 44-47 |
Ácido linoléico (C 18:2 Omega 6) | %Peso | 1-2 |
Ácido mirístico | %Peso | 15-18 |
Referências
- ↑ a b c «Óleo de coco babaçu: para que serve - eCycle». www.ecycle.com.br. 17 de abril de 2023. Consultado em 24 de junho de 2023
- ↑ a b Ferreira da Silva Neto, João; Silva Machado, Jose; Mendes, Fernando; de Sousa Rios, Maria Alexsandra; da Costa Assunção, João Carlos; Maia da Silva, Francisco Felipe; Mathias Macêdo, Ana Angélica; Volken de Souza, Claucia Fernanda; Ferreira da Silva Neto, João (dezembro de 2021). «Óleo e azeite de coco babaçu (Orbignya speciosa Mart.) como matériasprimas para produção de biodiesel». Revista ION (2): 95–104. ISSN 0120-100X. doi:10.18273/revion.v34n2-2021009. Consultado em 24 de junho de 2023
- ↑ Huang S. et al. Saturated fatty acids activate TLR-mediated proinflammatory signaling pathways. J Lipid Res. 2012 Sep; 53(9): 2002–2013. doi: 10.1194/jlr.D029546
- ↑ a b Machado, Getúlio Costa. Utilização de óleo de coco babaçu, concentrado protéico de soro lácteo e leite em pó desnatado na produção de sorvetes. Viçosa: UFV, 2005.