Beny Parnes
Beny Parnes | |
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Nascimento | 24 de maio de 1959 (65 anos)[1] Rio de Janeiro,RJ |
Nacionalidade | Brasileira |
Ocupação | economista |
Beny Parnes é um economista brasileiro, ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central do Brasil. Foi casado com Patrícia Carlos de Andrade, com quem teve três filhos.[2]
Vida acadêmica
Parnes graduou-se em economia no início da década de 1980 pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde foi colega de Armínio Fraga (presidente do BC entre 1999 e 2002).[3] Entre 1986 e 1987, fez o mestrado em economia pela mesma instituição e em seguida partiu com a família para os Estados Unidos, onde fez doutorado na Universidade da Pensilvânia, apesar de não ter concluído sua tese[4], especializando-se em macroeconomia e finanças internacionais.[1]
Vida profissional
Ao retornar ao Brasil em 1991, Parnes foi trabalhar para o banco BBM do Rio de Janeiro. De 1994 a 1995 foi funcionário do banco Matrix, mas voltou ao BBM em seguida.[3]
Em 27 de novembro de 2001, foi convidado por Armínio Fraga para assumir a diretoria de Assuntos Internacionais do Banco Central do Brasil (cargo que o próprio Armínio havia ocupado entre 1991 e 1992), em substituição à Daniel Gleizer.[3] Parnes foi empossado em janeiro de 2002 e permaneceu no cargo durante a transição (2002-2003) do governo Fernando Henrique Cardoso para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.[5]
Em 10 de setembro de 2003, alegando razões pessoais, Parnes encaminhou o seu pedido de demissão ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci. O economista Alexandre Schwartsman foi então indicado para ocupar o cargo.[6]
Parnes retornou imediatamente ao BBM[7], onde ficou até 2013, ingressando como sócio e economista-chefe da gestora de recursos SPX Capital, empresa onde trabalha até hoje[4].
Em 2007 recebeu o prêmio de melhor gestor especialista de fundos alavancados, concedido pela revista Exame.[8]
Controvérsias
Em 2003, Parnes teve o seu nome incluído na CPI do Banestado[9] sob a acusação de remessa ilegal do equivalente a R$ 6,6 milhões para Nassau, ilhas Bahamas (conhecido paraíso fiscal). Parnes alegou que o valor referia-se à venda de participações societárias no banco BBM, e fez quatro retificações de sua declaração de imposto de renda para ajuste das informações.[5] No relatório final da comissão, Parnes (e todos os demais integrantes e ex-integrantes do Banco Central do Brasil citados), foram isentados pelo relator, José Mentor (PT-SP),[10] o que provocou protestos do presidente da CPMI, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT).[11]
Referências
- ↑ a b Senado Federal do Brasil, ed. (27 de novembro de 2001). «Mensagem n° 259» (pdf). Consultado em 29 de novembro de 2013
- ↑ Banco Central do Brasil, ed. (3 de novembro de 2003). «Discurso de Beny Parnes» (pdf). Consultado em 29 de novembro de 2013
- ↑ a b c Folha de S. Paulo, ed. (28 de novembro de 2001). «Beny Parnes substituirá Gleizer no BC». Consultado em 29 de novembro de 2013
- ↑ a b «SPX». www.spxcapital.com.br. Consultado em 15 de março de 2018
- ↑ a b Correio Braziliense, ed. (10 de outubro de 2003). «Luiz Francisco pede à CPI do Banestado a convocação de diretor do BC, Beny Parnes, para explicar envio de R$ 6,6 milhões ao paraíso fiscal das Bahamas». Consultado em 29 de novembro de 2013
- ↑ Agência Brasil, ed. (10 de setembro de 2003). «Beny Parnes deixa Diretoria de Assuntos Internacionais do Banco Central». Consultado em 29 de novembro de 2013
- ↑ ISI Emerging Markets (ed.). «Banco Bbm» (em inglês). Consultado em 29 de novembro de 2013
- ↑ Exame (Brasil), ed. (20 de setembro de 2007). «Trabalho artesanal no mercado financeiro». Consultado em 29 de novembro de 2013
- ↑ Rose Ane Silveira (15 de dezembro de 2004). Folha de S. Paulo, ed. «Relatório da CPI do Banestado pede 91 indiciamentos». Consultado em 29 de novembro de 2013
- ↑ Eduardo Hollanda; Sonia Filgueiras (22 de dezembro de 2004). ISTOÉ, ed. «Pizza sabor Banestado». Consultado em 29 de novembro de 2013 A referência emprega parâmetros obsoletos
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(ajuda) - ↑ Antero Paes de Barros (24 de dezembro de 2004). Gazeta Digital, ed. «As verdades da CPI». Consultado em 29 de novembro de 2013
Ligações externas
- Lula and the Continuity of Neoliberalism in Brazil: Strategic Choice, Economic Imperative or Political Schizophrenia?(em inglês)
- BC não tem pessoal suficiente para fiscalização (28-11-2001)