Cléo de Verberena
Cléo de Verberena | |
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Cleo de Verberena, na revista Cinearte, nº 221, de 21 de maio de 1930. | |
Nome completo | Jacyra Martins da Silveira |
Pseudônimo(s) | Cleo de Verberena |
Conhecido(a) por | Primeira mulher a dirigir um filme no Brasil |
Nascimento | 26 de junho de 1904 Amparo (São Paulo), Brasil |
Morte | 6 de outubro de 1972 (63 anos) São Paulo |
Cleo de Verberena, nome artístico de Jacyra Martins da Silveira (Amparo (São Paulo), 1904- São Paulo, 6 de outubro de 1972) foi uma atriz e cineasta brasileira. É considerada a primeira mulher brasileira a dirigir um filme, O Mistério do Dominó Preto, de 1931, no qual também produziu e atuou.[1][2][3][4]
Biografia
Jacyra Martins da Silveira nasceu em Amparo (São Paulo), em 26 de junho 1904. Nos anos de 1920 foi para São Paulo, era apaixonada por cinema, interessando-se pela atuação e pelo campo da técnica. Seus diretores favoritos eram Von Stronheim e Fred Niblo e sua atriz favorita era Greta Garbo.
Na capital conheceu César Melani, filho de fazendeiros de Franca, com quem viria a se casar em 1923. Em 1930 fundaram um estudio, EPICA FILM,no bairro paulistano de Santa Cecília. Jacyra adotou o nome artístico de Cleo de Verberena e Melani, Laes Mac Reni, um anagrama de seu nome. [5]
O primeiro e único filme da EPICA Films foi O Mysterio do Dominó Preto[6], baseado na novela do escritor Martinho Correa, dirigido e protagonizado por Cleo de Verberena. Cesar Melani foi ator e produtor. Cleo atuou em peças teatrais com o grupo ViaLáctea, de Luiz de Barros no ano de 1931, enquanto distribuía o filme.
Em 1932 mudou-se para o Rio de Janeiro junto de Cesar Melani, com intenção de distribuir O Mystério do Dominó Preto por lá. Visitou o estúdio Cinédia, conheceu grandes nomes do cinema brasileiro como Adhemar Gonzaga e Carmen Santos, porém, sua única participação no cinema ficou restrita ao Mysterio do Dominó Preto.
Cléo quase participou dos filmes Canção do Destino (1931) e Onde a Terra Acaba (1932) do Cinédia, mas sua participação nunca se concretizou em nenhuma das películas.
Com a morte de Melani, Cleo não se envolveu mais com cinema. Casou-se novamente com o cônsul chileno Francisco Landestoy Saint Jean, mudando-se com ele para Inglaterra e posteriormente Chile. Francisco faleceu em 1953. Cleo não mais se casou e estabeleceu-se em São Paulo com o filho Cesar Augusto.
Cléo morreu em 6 de outubro de 1972.
"Cleo de Verberena e O Mysterio do Dominó Preto (1931)", é o primeiro e único livro[7] sobre a diretora pioneira. Foi escrito por Marcella Grecco e publicado em 2021, pela editora Giostri. Um artigo com informações inéditas da vida e obra de Cleo de Verberena foi também publicado na Revista Movimento, da USP. [8][9]
Referências
- ↑ Shaw, Lisa; Dennison, Stephanie (maio de 2014). Brazilian National Cinema (em inglês). [S.l.]: Routledge. ISBN 9781134702107
- ↑ «A primeira directora do Cinema Brasileiro». memoria.bn.br. Cinearte. 28 de Maio de 1930. Consultado em 29 de agosto de 2017
- ↑ «Cléo de Verberena - a primeira cineasta mulher do Brasil». Caixa de Sucessos
- ↑ Grecco de Araujo, Marcella (agosto de 2019). «Cleo de Verberena: uma cineasta brasileira». Revista Movimento. Consultado em 24 de setembro de 2019
- ↑ Baliego, Gabriella. «Cléo de Verberena - a primeira cineasta mulher do Brasil». Caixa de Sucessos
- ↑ Grecco de Araujo, Marcella (2020). «Entre versões de O Mysterio do Dominó Preto (1931)» (PDF). Anais de Textos Completos do XXIII Encontro SOCINE
- ↑ GRECCO, Marcella (2021). Cleo de Verberena e O Mysterio do Dominó Preto. São Paulo: Giostri
- ↑ Grecco de Araujo, Marcella (agosto de 2019). «Cleo de Verberena: uma cineasta brasileira». Revista Movimento. Consultado em 24 de setembro de 2019
- ↑ Grecco de Araujo, Marcella (2019). «Cleo de Verberena Profile». Women Film Pioneers Project
- Portal do cinema
- Portal das mulheres
- Portal do Brasil
Ligações externas
- Cléo de Verberena. no IMDb.
- Cléo de Verberena em Mulheres do Cinema Brasileiro