Instituto Max Planck de Pesquisa do Carvão

Instituto Max Planck de Pesquisa do Carvão
Max-Planck-Institut für Kohlenforschung
Instituto Max Planck de Pesquisa do Carvão
Fundação 1912
Tipo de instituição Max Planck Institute, organização sem fins lucrativos
Localização Mülheim an der Ruhr
Alemanha
51° 25' 4.001" N 6° 53' 11" E
Mapa
Funcionários 350
Campus Mülheim an der Ruhr
Website oficial
[edite no Wikidata]

O Instituto Max Planck de Pesquisa do Carvão (em alemão: Max-Planck-Institut für Kohlenforschung) está sediado em Mülheim an der Ruhr. O foco principal da pesquisa é o desenvolvimento de catalisadores seletivos. Ao contrário dos outros Institutos Max Planck, que são partes legalmente dependentes da Sociedade Max Planck, este instituto é uma fundação jurídica independente e sem fins lucrativos de direito privado. O objetivo da fundação é promover a pesquisa científica básica para o benefício do público em geral.[1] Os patrocinadores da fundação são a Sociedade Max Planck, a cidade de Mülheim an der Ruhr e a mineração de carvão.

História

Antiga edificação do MPI, com a inscrição: Kaiser-Wilhelm-Institut für Kohlenforschung

O instituto foi fundado em 1912 como "Kaiser-Wilhelm-Institut für Kohlenforschung" e foi inaugurado em 27 de julho de 1914. O primeiro diretor foi Franz Joseph Emil Fischer. O instituto faz parte da Sociedade Max Planck desde 1948.

  • Em 1925 o Processo de Fischer-Tropsch foi encaminhado para patente. Com este processo é obtida gasolina a partir do carvão mineral em pressão normal. O processo tem o nome de Franz Fischer e Hans Tropsch. Ainda é usado utualmente.
  • Em 17 de novembro de 1953 Karl Ziegler recebeu uma petente para seu Verfahren zur Herstellung von hochmolekularem Polyethylen. A licença foi vendida para a Hoechst AG e chegou a render diariamente 200 000 DM. Assim o MPI pode manter-se de forma autônoma até a década de 1990. Em 1963 Karl Ziegler recebeu por esta invenção o Nobel de Química.
  • Em 1970 Kurt Zosel obteve uma patente por seu processo de extração de cafeína do café. Com o mesmo é produzido café descafeinado.
  • Em 1981 o Instituto de Química de Radiação foi desmembrado como Instituto Max Planck de Química de Radiação (atualmente renomeado e realinhado para Instituto Max Planck para Conversão de Energia Química).
  • A partir de 1993 o instituto foi dividido em vários departamentos.
  • Em 6 de outubro de 2021 o diretor do Instituto Max Planck para Pesquisa de Carvão, Benjamin List, junto com David MacMillan, recebeu o Nobel de Química pelo "desenvolvimento da organocatálise assimétrica".[2]

Organisação

O Instituto Max Planck para Pesquisa de Carvão consiste em cinco departamentos:

  • Síntese orgânica, direção de Tobias Ritter
  • Catálise Homogênea, direção de Benjamin List
  • Catálise heterogênea, direção de Ferdi Schüth
  • Química organometálica, direção de Alois Fürstner
  • Teoria molecular e espectroscopia, direção de Frank Neese

Juntamente com o Instituto Max Planck de Pesquisa do ferro o Instituto Max Planck de Pesquisa do Carvão mantém a International Max Planck Research School for Surface and Interface Engineering in Advanced Materials.

Mantém juntamente com o Instituto Max Planck para Conversão de Energia Química, a Universidade de Bochum, a Universidade de Duisburg-Essen e a Universidade de Bonn a International Max Planck Research School on Reactive Structure Analysis for Chemical Reactions (IMPRS-RECHARGE).

Em 2008 o MPI foi reconhecido pela Sociedade Alemã de Química (GDCh) como um Sítio Histórico da Química pelo trabalho de Karl Ziegler no campo da química orgânica e organometálica, bem como da catálise química.

Ziegler Vorlesungen

Desde 1980 o Instituto Max Planck para Pesquisa de Carvão concede a Ziegler Vorlesung quase anualmente, em cooperação com a fundação da mulher e filha de Karl Ziegler.[3] Os palestrantes são:

  • 1980 – Klaus Hafner
  • 1981 – Dieter Seebach
  • 1982 – Malcolm L. H. Green
  • 1983 – Ernst Otto Fischer
  • 1984 – Heinz A. Staab
  • 1987 – Wolfgang A. Herrmann
  • 1988 – Manfred T. Reetz
  • 1993 – Barry Trost
  • 1994 – Ryōji Noyori
  • 1995 – Stephen L. Buchwald
  • 1996 – Alfons Baiker
  • 1997 – Eric Jacobsen
  • 1998 – John Meurig Thomas
  • 1999 – Robert Grubbs
  • 2000 – Rutger van Santen
  • 2001 – John F. Hartwig
  • 2002 – Gerhard Ertl
  • 2003 – David Evans
  • 2004 – Pierre A. Jacobs
  • 2005 – Kendall Houk
  • 2006 – Hisashi Yamamoto
  • 2007 – Avelino Corma
  • 2010 – Scott Denmark
  • 2011 – Peter Chen
  • 2012 – Matthias Beller
  • 2013 – Dieter Enders
  • 2015 – Stefan Grimme
  • 2016 – Erick M. Carreira
  • 2017 – Amir H. Hoveyda
  • 2018 – Kyoko Nozaki
  • 2019 – Bert Weckhuysen
  • 2020 – David Milstein[4]

Bibliografia

  • Adolf von Harnack: Rede bei der Eröffnung des Kaiser-Wilhelm-Instituts für Kohleforschung. (1914). In: Adolf von Harnack: Wissenschaftspolitische Reden und Aufsätze. Zusammengestellt und herausgegeben von Bernhard Fabian. Olm-Weidemann, Hildesheim u. a. 2001, ISBN 3-487-11369-4, p. 34–36.
  • Manfred Rasch: Das Max-Planck-Institut für Kohlenforschung. In: Geschichtsverein Mülheim an der Ruhr e. V. (Hrsg.): Zeugen der Stadtgeschichte. Baudenkmäler und historische Orte in Mülheim an der Ruhr. Klartext Verlag, Essen 2008, ISBN 978-3-89861-784-0, p. 202–207.
  • Manfred Rasch: Max-Planck-Institut für Kohlenforschung Mülheim, mit einem Interview mit Günther Wilke, Patente in eigener Regie. In: Denkorte. Max-Planck-Gesellschaft und Kaiser-Wilhelm-Gesellschaft. Brüche und Kontinuitäten. Sandstein-Verlag, Dresden 2011, ISBN 978-3-942422-01-7, p. 110–125.
  • Max-Planck-Institut für Kohlenforschung (Ed.): Katalyse auf dem Kahlenberg. 100 Jahre Max-Planck-Institut für Kohlenforschung. Klartext Verlag, Essen 2015, ISBN 978-3-8375-0193-3.

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Max-Planck-Institut für Kohlenforschung
  • Homepage des Instituts
  • Publikationen des Instituts im eDoc-Server der MPG (Bibliografie)
  • Geschichte des Kohlenforschungsinstituts (zusammengestellt vom Stadtarchiv Mülheim an der Ruhr)
  • Gesellschaft Deutscher Chemiker: Programm „Historische Stätten der Chemie“ der GDCh
  • Das Max-Planck-Institut für Kohlenforschung stellt sich vor – Film über das Institut auf Youtube.com, eingestellt von der Max-Planck-Gesellschaft (2014)

Referências

  1. «SATZUNG DER STIFTUNG Max-Planck-Institut für Kohlenforschung» (PDF). Consultado em 31 de outubro de 2021 
  2. sueddeutsche.de: Chemie-Nobelpreis für deutschen Katalyse-Forscher; vom 6. Oktober 2021; abgerufen am 6. Oktober 2021
  3. «Ziegler Vorlesungen». Consultado em 31 de outubro de 2021 
  4. Blavatnik Young Scientist Award for Emmanuel Levy / EuChemS Award for Service for Ehud Keinan / Karl Ziegler Lectureship for David Milstein. Angewandte Chemie International Edition. [S.l.: s.n.] 20 de abril de 2020. 8755 páginas. ISSN 1433-7851. doi:10.1002/anie.202004625 

Controle de autoridade