Língua de sinais indiana
A Língua de Sinais Indiana (ISL, em Portugal: Língua Gestual Indiana) ou Língua de Sinais Indo-Paquistanesa (IPSL, em Portugal: Língua Gestual Indo-Paquistanesa) é a língua de sinais dominantes no Sul da Ásia,[1] usada pelo menos por algumas centenas de surdos (2003).[2][3] Assim como em muitas outras línguas de sinais, é difícil dizer ao certo o número de seus usuários, já que a maioria dos estudos se foca apenas no norte e nas áreas urbanas da Ásia.[4]
A população surda da Índia, de cerca de 3.1 milhões, é 98% iletrada. Na linha filosófica oralista, as escolas para surdos intervêm cedo nas ajudas à audição, sendo isso, no entanto, considerado ineficaz numa sociedade de poucos recursos. Em 1986, apenas 2% dos surdos frequentava a escola.
Estatuto da língua de sinais
Num primeiro contacto, as escolas para surdos seguem a filosofia oralista.[5]
Desde 2001, um grupo no Instituto Nacional de Deficientes Auditivos, está providenciando material didático e treinamento a professores de ISL, apesar da grande maioria das escolas permanecer oralista.
Desde 2005, tem havido crescente otimismo em relação à língua de sinais, sendo que o NCF lhe atribuiu alguma legitimidade, ao admitir que a língua e sinais pode ser qualificada como uma terceira língua de escolha, para estudantes ouvintes. Em 2006, foi lançado um manual escolar que incluiu um capítulo sobre a língua de sinais, dando ênfase a que esta é uma língua como qualquer outra e um diferente modo de comunicação.
Dialetos e famílias de línguas
Há muitas variedades de línguas de sinais na região, incluindo muitos grupos de sinais familiares, e linguagens e sinais informais. Não há consenso sobre quais destas linguagens constituem dialetos da língua e quais são independentes, mas muitos estudos mostram existir relação entre as linguagens usadas nas regiões urbanas da Índia, Paquistão e Nepal.[4][6]
São identificados os seguintes dialetos regionais, na Índia:
- Língua de sinais Mumbai-Delhi
- Língua de Sinais Calcutta
- Língua de Sinais Bengalore-Madras
O alfabeto manual da ISL é baseado no alfabeto latino.
Referências
- ↑ CARVALHO, Paulo Vaz de (2007). breve História dos Surdos no Mundo. [S.l.]: SurdUniverso. 140 páginas
- ↑ Vasishta, M., J. C. Woodward, and K. L. Wilson (1978). «Sign Language in India: Regional Variation within the Deaf Population». Indian Journal of Applied Linguistics. 4 (2): 66–74 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
- ↑ Ethnologue gives the signing population in India as 2,680,000 in 2003.
Gordon, Raymond G., Jr. (ed.) (2005). Ethnologue: Languages of the World, Fifteenth edition. [S.l.]: Dallas, Tex.: SIL International. !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link) - ↑ a b Ulrike Zeshan (2000). Sign Language of Indo-Pakistan: A description of a Signed Language. Philadelphia, Amsterdam: John Benjamins Publishing Co
- ↑ Dilip Deshmukh (1996). Sign Language and Bilingualism in Deaf Education,. Ichalkaranji,: [s.n.]
- ↑ Woodward, J (1993). «The relationship of sign language varieties in India, Pakistan and Nepal». Sign Language Studies (78): 15-22
Ver também
- Índia
Ligações externas
- «Higher Secondary School & Multi Purpose Training Institute for Deaf» (em inglês). (Indore, Madhya Pradesh) escola regional que usa ISL no ensino.
- Portal da linguística