Relacionamos a seguir as quarenta e três vitórias obtidas pela Itália no mundial de Fórmula 1 até o campeonato de 2023.[1][2][3][nota 1]
Trajetória das equipes à moda italiana
Logo na abertura do campeonato no Grã-Bretanha em Silverstone em 13 de maio de 1950, Giuseppe Farina saiu na pole position e levou sua Alfa Romeo à vitória e após duelar com Juan Manuel Fangio durante o ano, sagrou-se campeão mundial,[4][5] porém o teor compulsório deste feito e dos sete recordes que estabeleceu leva a um "desprezo estatístico" por falta de um referencial anterior,[nota 2] todavia, se não ocorresse a etapa britânica, a Fórmula 1 tal como conhecemos hoje não teria sequência,[6] embora em seus primeiros anos a categoria fosse, Indianapolis à parte, um certame de europeus onde predominavam os italianos, vencedores de 20 das 32 corridas disputadas até 1953.[nota 1] Além disso, vale mencionar que Alberto Ascari tornou-se o primeiro a vencer e estabelecer recordes com a Ferrari, time que passaria a símbolo de seu país quando Alfa Romeo e Maserati deixaram as pistas.
Embora a Mercedes tenha sido a primeira a fustigar os italianos, a Tragédia de Le Mans em 1955 a fez deixar a Fórmula 1 e nisso as britânicas Cooper, BRM e Lotus inverteram a curva de poder ao longo dos anos sessenta. Mesmo com a retirada dos dois primeiros times surgiram Brabham, McLaren e Williams beneficiadas pelos motores Ford-Cosworth, vencedores de quase 70% das provas realizadas entre 1967 e 1982 ainda que o time de Maranello tenha conquistado títulos com Alberto Ascari, Juan Manuel Fangio, Mike Hawthorn, Phil Hill, John Surtees, Niki Lauda e Jody Scheckter desde a estreia no Grande Prêmio de Mônaco de 1950 sendo nove de pilotos e nove de construtores. Em 1983 o conjunto Brabham-BMW deu a Nelson Piquet o primeiro título da "era turbo" e dois meses antes a parceria entre as empresas Techniques d'Avant Garde (TAG) e Porsche desenvolveu motores que seriam usados pela McLaren até que a vinda de montadoras como Honda, Renault e Mercedes-Benz fizeram dela e da Williams as grandes equipes do "circo" durante a maior parte das décadas de 1980 e 1990.
O jejum ferrarista terminou após a contratação de Michael Schumacher que entre a Austrália em 1996 e o Brasil em 2006 conquistou 72 vitórias pela Casa de Maranello, além de cinco títulos mundiais consecutivos de pilotos e construtores e com a saída do alemão a equipe foi campeã de pilotos com Kimi Räikkönen em 2007 e levantou mais dois troféus de construtores. Outros times italianos a vencer foram a Benetton[nota 3][7] com Gerhard Berger no Grande Prêmio da Alemanha de 1997 e a Toro Rosso com Sebastian Vettel no Grande Prêmio da Itália de 2008.
Desempenho dos pilotos
Embora oito italianos tenham vencido vinte e duas corridas pela Ferrari, somente Alberto Ascari foi campeão pela equipe ao conquistar os mundiais de 1952 e 1953. Desde então o máximo que conseguiram foi o vice-campeonato de Riccardo Patrese pela Williams-Renault em 1992, ele que é o último nativo a vencer pela Fórmula 1 na Itália em 1990.[nota 4][8][9] Quanto a vencer em seu próprio país, houve quatro triunfos caseiros no Grande Prêmio da Itália em Monza e dois no Grande Prêmio de San Marino em Imola.
Vitórias por temporada
Em contagem atualizada até 2022, a Itália está há dezesseis anos sem vencer na Fórmula 1 perfazendo 327 corridas.
Vitórias por equipe
- Ferrari: 22
- Alfa Romeo: 5
- Williams: 4
- Renault: 3
- Brabham: 2
- Lotus: 2
- Tyrrell: 2
- Benetton: 1
- Jordan: 1
- March: 1
Notas
- ↑ a b c d Em seus primeiros anos a Fórmula 1 permitia que os pilotos compartilhassem a condução do mesmo bólido, regra que dividia os pontos em jogo por quantos fossem os corredores. Assim, estatisticamente, Luigi Fagioli dividiu a vitória na França em 1951 com Juan Manuel Fangio, que dividiu ainda a vitória na Argentina em 1956 com o também italiano Luigi Musso.
- ↑ Com 43 anos e 195 dias de idade, ele foi o mais jovem piloto a sair na pole position, vencer uma corrida, fazer a volta mais rápida, subir ao pódio, marcar pontos e vencer o maior número de provas com o triunfo na Suíça.
- ↑ Entre 1986 e 1995 a Benetton operou sob licença britânica e a partir de 1996 sob bandeira italiana por ordem da família Benetton.
- ↑ A prova em questão era a décima edição do Grande Prêmio de San Marino de Fórmula 1.
Referências
- ↑ «The Official Formula 1 Website». Consultado em 26 de março de 2023
- ↑ «Chicane F1: Formula 1 Results and Statistics». Consultado em 26 de março de 2023
- ↑ Fred Sabino (4 de dezembro de 2020). «Dez mais: Grã-Bretanha está a um passo da 300ª vitória na F1; veja os países mais vencedores». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 29 de novembro de 2020
- ↑ Fred Sabino (29 de outubro de 2019). «Giuseppe Farina foi o primeiro vencedor e campeão mundial de Fórmula 1, em 1950». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 15 de dezembro de 2020
- ↑ Fred Sabino (3 de setembro de 2018). «Primeiro título da Fórmula 1 foi decidido na Itália em favor de Giuseppe Farina». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 15 de dezembro de 2020
- ↑ «Biografia (em inglês) de Giuseppe Farina no grandprix.com». Consultado em 3 de abril de 2016
- ↑ «Will Benetton's nationalism cause problems? (matéria do grandprix.com em inglês)». Consultado em 11 de julho de 2013
- ↑ Fred Sabino (13 de maio de 2020). «Riccardo Patrese quebrou jejum de sete anos sem vitórias onde havia vivido desilusão». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 15 de dezembro de 2020
- ↑ Patrese vence em Imola e se vinga da torcida (online). Folha de S.Paulo, 14/05/1990. Página visitada em 11 de julho de 2013.
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